22 de novembro de 2008

D’Alma Ardente.



Taciturno, despi-me as vestes D’Alma Ardente.
Assecla dos ínfimos murmúrios que flamejam a escápula da vida,
Réstia luminosa embriagara a mente na volúpia de ver-te em somniu.
Utópica majestade, Enchanté, se fez presente ao dar-me conta que minha face amassada pesava sobre o alvo tecido que reveste meu leito.
Voluptuoso, avançava a enluarada madrugada, fixava minha mente em uma imagem clara e perfeita de seu sorriso a conduzir-me neste momento ímpar de despautério madrigal.
Só os tolos que amam acordam na vontade de erguer nos braços o ente querido, suavizar-lhe a pele nas carícias dos lábios umedecidos de afeto, no peito afagar-lhe a face e com suave tom murmurar ao aurículo silenciosas Chansons D'amour.
Considero-me um Tolo. E todo aquele que consegue desfrutar o sabor do poema simples que o coração produz ao esvaecer sóbrio da paixão que lubrifica a vida de ternura e sabedoria.
Que bom que os tolos ainda existam.
Um sorriso cálido acompanha uma crescente onda de prazer misturada com a certeza de sua presença em meu coração.
Nostalgia, diriam. Divaga aquele que perdeu a ardente criatividade de romper as barreiras transitórias da matéria para encontrar-se em realeza avec toi, mon amour.
Floreio a fala na condição sublime que son couer reconhece o quão simples é o que flameja em mim’alma quando ouço você baixinho Il me dit que je suis belle.

Paulo Boechat.

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