No íntimo não consigo abstrair Amor de Sentimento.
Parecem-me fases distintas às quais fomos deliberadamente construindo ao longo do tempo uma simbologia própria.
Cada um de nós possui um termo significativo para Amor.
Procuro desvincular o Amor de laços emocionais com outrem e há uma réstia de luz no meu ser que parece transcender quando analiso esta questão.
Estamos muito atados ao sentido material e imediatista deste lindo e expressivo vocábulo.
Não nos esqueçamos das falsas construções que tivemos em nossa formação emocional da infância ao atual momento, que mais parece estarmos impregnados por pudores, culpas e obrigações.
Afeição, compaixão, misericórdia, inclinação, atração, apetite, paixão, querer bem, satisfação, conquista, desejo, libido, instinto, sensação, etc. Cada qual conceito inerente ao Ser Humano Social.
Por que não apenas Amar?
Sem rótulos ou pré-conceitos.
Haveremos de construir um mundo mais digno e realista quando modificarmos essa Expressão em Ação. “... O que vai determinar o significado... é a ação do indivíduo em relação à palavra Amor...” ( Boechat, L. )
Estas palavras calam-me à alma:
“O amor é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso realizado. No seu ponto de partida, o homem só tem instintos; mais avançado e corrompido, só tem sensações; mais instruído e purificado, tem sentimentos; e o amor é o requinte do sentimento. Não o amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol interior, que reúne e condensa em seu foco ardente todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas. A lei do amor substitui a personalidade pela fusão dos seres e extingue as misérias sociais.” ( ESE – A. Kardec )
Paulo Boechat.
Paulo Boechat.