25 de dezembro de 2008

Seco Oceano!



Túmidos olhos mareados!
Rasga a pele avolumada.
O espírito que a habita
Como zonzo em telhados.

Entre os dedos a frágil areia a esvaecer.
No coração uma súplica ao encanto.
Que mais revela-se puro grão
Em um Noel entardecer.

Cantigas festivas passaram!
Momento de eterno silêncio
Transforma esta choupana
Onde pássaros outrora pousaram.

Cadente no céu o astro
Levando consigo o destino!
E a choça que me abriga onde está...
Encontro-me em águas revoltas no alto de um mastro!

Paulo Boechat.

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