24 de dezembro de 2011

Palavras Secas


Palavras são leves como o vento que vagarosamente ressoa no ar!
Algumas encontram seguro repouso.
As que o coração rechear!
Outras perdem-se na nebulosa tempestade,
Achando-se seguras...
Pois fracas vagueiam a caminho da solidão.
Tarde o coração começa a sentir
Os estilhaços das vidraças arrebatadas.
Temperança poderia ter feito parte desta jornada!
Mas os gestos... Ah os gestos!
Meu Eu nem mais fala!
De face marcada pelo sono mal tido,
Marcas dos travesseiros que nesta noite segurei,
Lençois desbotados pela acidez de lágrimas que maceram.
Desejando não crer que tudo fora apenas “palavras secas”
Refugio em meu silêncio umedecido.

Paulo Boechat