24 de dezembro de 2011

Palavras Secas


Palavras são leves como o vento que vagarosamente ressoa no ar!
Algumas encontram seguro repouso.
As que o coração rechear!
Outras perdem-se na nebulosa tempestade,
Achando-se seguras...
Pois fracas vagueiam a caminho da solidão.
Tarde o coração começa a sentir
Os estilhaços das vidraças arrebatadas.
Temperança poderia ter feito parte desta jornada!
Mas os gestos... Ah os gestos!
Meu Eu nem mais fala!
De face marcada pelo sono mal tido,
Marcas dos travesseiros que nesta noite segurei,
Lençois desbotados pela acidez de lágrimas que maceram.
Desejando não crer que tudo fora apenas “palavras secas”
Refugio em meu silêncio umedecido.

Paulo Boechat

20 de agosto de 2011

Faz de conta que tudo deu certo.






Faz de conta que tudo deu certo.
Minha rebeldia ingrata
Incesta a porta.
Arena selvagem
Disputa entre bravios.
No bronze dos “escudos”
Travo silenciosa batalha
Nas mentais brumas incertas.
E na pele rasgada
Meus inconscientes cortes .
Sou um regato buscando a fonte,
Onde em águas doce-prata
Renasço límpido e sereno!
Faz de conta que tudo deu certo!
Faz de conta que tudo deu certo!

Paulo Boechat.




23 de julho de 2011

Anjo Carrasco


Esboço_   ainda não é o poema! Desabafo!

Meu lado Anjo está cansado!
Sinto a Revolução em plena Anarquia emocional!
Difícil escrever nos úlimos meses....
Mas agora são emoções que transbordam sentimentos e sensaçoes!
Tenho direito a ser feliz!
Que aconteça.
Basta! Basta para voçê!

Paulo Boechat.

7 de maio de 2011

Feelings




Jamais desejei deixar-te!
Mas ficastes tão distante
Que para mim parecia apenas
Uma noturna embaçada imagem
Do que antes fora um grande amor!
Preferi então a solidão!
Mas um grande amor jamais acaba!
Transforma-se ao toque das mãos
Na delicada argila nua.
Hoje eu quero a separação!
Quero me separar da solidão!

Paulo Boechat.

10 de fevereiro de 2011

Eu Vesúvio!


No calor de meus recantos
Secreto pouso obstinado
No Vesúvio de seus encantos
Irrupção de minhas paixões!

Cataclismo insondável
Poeira nebulosa reluzente
Olho a terra batida
Como um broto de lava ardente!

Torpe fagulha ilumina
As venosas palpitantes.
Rasgo a pele em diamantes
E é teu nome quem assina!

Paulo Boechat.

5 de fevereiro de 2011

Um Amigo!



Um Amigo

Não te reconheço
Mesmo que passe por ti
Escondeste nesse teu sorriso
Sempre pronto para mim.

Um dia gostava de te conhecer
Nem que fosse para te dizer
O quanto tens significado, 
Um anjo, um amigo, alguém muito querido....

Ana Cris. Pereira
22/12/2010

26 de janeiro de 2011

Enamores!



Ternura essa
Que me aconchega e afaga,
Causa suspiros e excita.
Que ascende além candeia de vento.
Devorando meu recanto,
Num repasto manso.

Enfronho  na vida
Que golpeia com destreza,
Minha trépida fortaleza.
E se você se deixar enamorar
Perder-me-ei nas tuas entranhas devagar
Como crépida romanesca!

Paulo Boechat.


20 de janeiro de 2011

Tributo a Tio Décio!


Vá com Deus meu Tio Amado!
Vá com Deus meu “Pai do Muro”!
Ajudaste-me nos primeiros degraus do Evangelho
Da Boa Nova Rediviva
O nosso Consolador!
Ensinou gravar na alma a Prece de Caritas!
A olhar o outro com ternura e brandura!
Lutaste pela história de nossa família em todo esplendor!
Lembranças lindas
Sempre alegres
Virão a nossa mente
E a cada pensamento receberás de nós aí
Uma rosa, uma flor
Um bocadinho do que aqui plantou!
Quantas vezes pegava-me e levava contigo para as terras de Ubá,
Até mesmo antigo Ipê!
Pois sabias que amava tua companhia.
Nossos infantis banhos de cachoeira,
Córregos e açudes!
Quando colocava-nos todos na antiga Chevrolet
Olhos atentos em nossas peraltices
Nas veredas das fazendas.
Cachoeira, Palha Branca,
Novo Oriente, Areias
Bandeiras!
E subíamos, subíamos
Pirapetinga à Pedra Branca!
A meninada alvoroçada,
Entre as relvas da floresta!
Recebia-me em Novo Oriente
Como o “filho do muro” __ assim chamava-me!
Lembras?
Tio querido, neste instante de passagem
E retorno à Pátria Espiritual
Segura com afinco
Naquele que tudo pode
A guiar teu caminho.
Cumpriste tua missão na Terra!
Zela por nós
Que aqui ainda estamos
Trilhando a senda do progresso!
Fui ao teu encontro
Na despedida de tuas vestes.
Beijei-te a testa fria
Pedindo “__A bençá tio!”
Senti então o calor
De sua alma!
Estando ainda a desprender-se
Dos laços materiais!
Estarei a todo instante
Em oração, bem ao teu lado esquerdo,
Segurando tua mão espiritual
Como tantas vezes segurastes
As minhas mãos terrenas!
Vá, vá com Deus meu Tio Amado!
Te amo meu Tio!
Paulo Julho _ PJ.

Paulo Boechat.

14 de janeiro de 2011

Poemas de Alegria!



Por que de poemas
Sempre tristes?
Bem cedo a caminhar,
Eles gostam da Alegria!
Em ver o Sol resplandecer!
Como no dia chover!
Tantos Luares a chegar,
Mesmo em Lua Nova,
Oras, não deixa de lá estar.
Os belos lírios orvalhados nos campos!
O colibri a sugar as entranhas da flor!
Cantar o Amor num belo luar em beira mar!
Splendide! Bellissimo!
Ou mesmo aquele chamego gostoso na voraz areia da praia!
As belas telas de pintores!
Nas quais embarcamos em sonhos pitorescos!
Veja lá Nobre Poeta!
Veja sua Poesia Cantar!

Paulo Boechat.


7 de janeiro de 2011

Um pouco de Mim!


Pudeste entender um dia aquele olhar?
Quando o poente veio e de mãos atadas pairamos?
Ou aquele toque suave com que te acordei na madrugada?
A leve voz penetrando seu ser a afagar-te?
Aquele leve aroma marítimo que entrava pela fresta?
As pegadas na areia do mar luarento?
Os dedos trançados e entre braços abraços trocados?
A voz calorosa e promessas?
Um pouco de Mim!
Tivestes...

Paulo Boechat.