25 de dezembro de 2008

Seco Oceano!



Túmidos olhos mareados!
Rasga a pele avolumada.
O espírito que a habita
Como zonzo em telhados.

Entre os dedos a frágil areia a esvaecer.
No coração uma súplica ao encanto.
Que mais revela-se puro grão
Em um Noel entardecer.

Cantigas festivas passaram!
Momento de eterno silêncio
Transforma esta choupana
Onde pássaros outrora pousaram.

Cadente no céu o astro
Levando consigo o destino!
E a choça que me abriga onde está...
Encontro-me em águas revoltas no alto de um mastro!

Paulo Boechat.

6 de dezembro de 2008

Sodade! Sodade!



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Sodade! Sodade!
Parece-me ouvir o choro cantante de Cesária ao prostrar na lápide encanecida, mas macia que me acompanha neste início de mais um final de semana afastado d’amour que aquece meu coração. O colchão jogado, mas adequadamente acertado ao chão, já não deve aguentar mais meus murmúrios incessantes de Besame Mucho... Ainda aguardando a primeira noite entre os alvos lençóis, preparados para este moment de indescritível prazer que atordoa meus sonhos, meu sono, meu repouso, meu repasto!
Nuit e não consigo aguardar. Desfaleci em meus próprios devaneios mon amour. E a única calmaria d’alma que ouvi nesta tarde, ainda ao sair da labuta foram as batidas do mar!
Adormeci ao embalo de Alex Beaupain em Les Chansons D'amour no suave toque de Ma Mémoire Sale!
Jour! Olho ao amanhecer para a rede avermelhada torneada de contas brancas imaginando o deleite de ali balançar-me ao aconchego sereno nas carícias de meu amor e a pedir “besame”, pois tenho medo de ter-te e perder-te depois! Mirar em teus olhos na volúpia do meu sentimento cadenciado em lágrimas escondidas mostrando o quanto desejo ter-te para sempre ao meu enlaço.
Ainda encontro-me acordado e deitado neste Jour Ensoleillée!!!
Petites Iles formam-se no oceano que nos aguarda para juntos formarmos um continente primaveril de ternura e ondas de paixão. Frondosas macieiras mostrarão nosso fruto de amor... Ah como é bom poder lançar no lúdico nossa bravura interior... Pois logo a realização de nossos encontros será pele a pele.
Assim te digo bom dia mon Enchanté!

Paulo Boechat.


30 de novembro de 2008

Nuit et jour d’amour!


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Taciturno, despi-me as vestes D’Alma Ardente.
Assecla dos ínfimos murmúrios que flamejam a escápula da vida,
Réstia luminosa embriagara a mente na volúpia de ver-te em somniu.
Utópica majestade, Enchanté, se fez presente ao dar-me conta que minha face amassada pesava sobre o alvo tecido que reveste meu leito.
Voluptuoso, avançava a enluarada madrugada, fixava minha mente em uma imagem clara e perfeita de seu sorriso a conduzir-me neste momento ímpar de despautério madrigal.
Só os tolos que amam acordam na vontade de erguer nos braços o ente querido, suavizar-lhe a pele nas carícias dos lábios umedecidos de afeto, no peito afagar-lhe a face e com suave tom murmurar ao aurículo silenciosas Chansons D'amour.
Considero-me um Tolo. E todo aquele que consegue desfrutar o sabor do poema simples que o coração produz ao esvaecer sóbrio da paixão que lubrifica a vida de ternura e sabedoria.
Que bom que os tolos ainda existam.
Um sorriso cálido acompanha uma crescente onda de prazer misturada com a certeza de sua presença em meu coração.
Nostalgia, diriam. Divaga aquele que perdeu a ardente criatividade de romper as barreiras transitórias da matéria para encontrar-se em realeza avec toi, mon amour.
Floreio a fala na condição sublime que son couer reconhece o quão simples é o que flameja em mim’alma quando ouço você baixinho Il me dit que je suis belle.

Meu Rouxinol!



Agora.

Uma indelével leveza n’alma
Sou presenteado em palavras floreadas
Com um requinte de passion
Que alarga meu sorriso na face.

Claro vejo pelos cristais que nos separam
A luz que brilha nos dois corações almejados de amor
Num ímpeto de ternura retribuo a composta e bela prosa
Em soneto aberto d'amour.

Quando penso que logo estarei a abrir meus botões marrons
Avermelhado fico deste encontro
Para sempre marcado na pele
Com os mais diversos e simples tons.

Paulo Boechat.


22 de novembro de 2008

D’Alma Ardente.



Taciturno, despi-me as vestes D’Alma Ardente.
Assecla dos ínfimos murmúrios que flamejam a escápula da vida,
Réstia luminosa embriagara a mente na volúpia de ver-te em somniu.
Utópica majestade, Enchanté, se fez presente ao dar-me conta que minha face amassada pesava sobre o alvo tecido que reveste meu leito.
Voluptuoso, avançava a enluarada madrugada, fixava minha mente em uma imagem clara e perfeita de seu sorriso a conduzir-me neste momento ímpar de despautério madrigal.
Só os tolos que amam acordam na vontade de erguer nos braços o ente querido, suavizar-lhe a pele nas carícias dos lábios umedecidos de afeto, no peito afagar-lhe a face e com suave tom murmurar ao aurículo silenciosas Chansons D'amour.
Considero-me um Tolo. E todo aquele que consegue desfrutar o sabor do poema simples que o coração produz ao esvaecer sóbrio da paixão que lubrifica a vida de ternura e sabedoria.
Que bom que os tolos ainda existam.
Um sorriso cálido acompanha uma crescente onda de prazer misturada com a certeza de sua presença em meu coração.
Nostalgia, diriam. Divaga aquele que perdeu a ardente criatividade de romper as barreiras transitórias da matéria para encontrar-se em realeza avec toi, mon amour.
Floreio a fala na condição sublime que son couer reconhece o quão simples é o que flameja em mim’alma quando ouço você baixinho Il me dit que je suis belle.

Paulo Boechat.